cultura

Sou UFSM, sou Santa Maria!

Mais um domingo em Santa Maria. Mais um maio em Santa Maria. Mais um ano de Santa Maria, que, no dia 17 de maio passado, celebrou 161 anos. Ou seja, quase dois séculos de tantos domingos por aqui...

Não sou afeita a bairrismos, mas não posso negar que me considero uma santa-mariense típica. Se é que isso é possível, pois tantas pessoas, de tantos lugares, já passaram, estão de passagem e ainda passarão por aqui. Feito as composições de trens, que exploraram e desenharam o mapa do município. Transportando, carregando e descarregando histórias, como se estas terras fossem um grande palco iluminado por espetáculos da vida cotidiana. Fato é, inclusive, que muitas companhias internacionais de teatro já desembarcaram por aqui. 

Mas, dentre tantas possibilidades e vieses para se falar sobre Santa Maria, eu não poderia deixar de tocar num de seus espaços, que me faz sentir, ao mesmo tempo, tão pertencente a este pago e ao Mundo: a Universidade Federal de Santa Maria, a UFSM, que contabiliza quase 60 anos de existência. 

A educação é fundamental para a existência humana. E a cidade de Santa Maria é baseada sobre esse princípio, não somente no que tange a sua identidade, mas também sua economia, suas políticas, suas atividades comunitárias e, ainda, seus espaços de convivência entre aqueles e aquelas que vivem aqui, sejam naturais do município ou não. E a UFSM, tal como outros centros de ensino, pesquisa e extensão, são agentes elementares nesse cenário. 

Entretanto, hoje é domingo. Para muitas pessoas, dia de tomar aquele chimarrão ao sol, para aplacar o frio mediano de Outono. E, nesse sentido, eu não poderia deixar de citar como exemplo o evento Viva o Campus UFSM, projeto de extensão aberto e dedicado para a comunidade de Santa Maria. Afinal, o campus da UFSM pode ser ocupado de muitas formas. Aliás, está acontecendo uma edição do Viva o Campus neste exato momento, especial de 

30 anos do Colégio Infantil Ipê Amarelo! Mais um aniversário para se comemorar em maio! 

Segundo a Pró-Reitoria de Extensão da UFSM - a PRE - entre os domingos de 2018 e de 2019, o Viva o Campus UFSM recebeu 28 bandas e ofereceu 25 oficinas, de forma completamente gratuita. E também contou com a participação de grupos e entidades de dentro e de fora da UFSM, como a Polifeira, o Planetário, a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), o Grupo de Apoio e Incentivo à Adoção em Santa Maria (GAIA), a Associação de Veículos Antigos de Santa Maria (AVASM), o Programa Municipal Peça Nota, a Banda do Maneco, entre outras entidades. Ainda segundo a PRE, o Centro de Convenções da UFSM, em dois anos, recebeu 69 eventos - a maioria com a entrada franca - num espaço com capacidade para receber mais de mil pessoas. 

Esses são apenas alguns dos tantos projetos e atividades da UFSM. Em se tratando de muitos finais de semana, com ou sem cuia de chimarrão. Ou seja, a UFSM não para. Inclusive quando promove atividades culturais pois, tal como a educação, a arte também faz parte da existência humana e do convívio social. Numa Santa Maria composta por população diversa, pulsante de projetos de ensino, pesquisa e extensão. Trabalhos que não param, mesmo diante de tantos desafios e limitações, como o crescente corte dos orçamentos das universidades e dos institutos federais. 

Embora a UFSM tenha 100 anos a menos que Santa Maria, a instituição faz parte da história do município. E, que orgulho, através da educação! Afinal, nem todos os lugares do planeta têm a possibilidade de produzir conhecimentos e questionamentos de nível local para o Mundo. 

Santa Maria é educação. Santa Maria é UFSM. Santa Maria é o Mundo. Que a educação persista! E, neste domingo de Outono, seja sorvendo um chimarrão, seja participando da edição do Viva o Campus UFSM, eu prefiro seguir as orientações do querido amigo Máucio, no seu poema Oração de Santo Outono: 

Onde houver ódio

que se leve a música

Onde houver a escuridão

que se leve a pintura 

Onde houver cara feia 

que se leve o teatro 

Onde houver dureza 

que se leve a dança 

Onde houver rancor 

que se leve a escultura 

Onde houver tristeza 

que se leve a literatura 

Créditos: Poesia de Máucio. Fotografia do Centro de Artes e Letras da UFSM, registro de Máucio.

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